3 de set. de 2007

COMPREENSÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


A concepção de educação ambiental que a Curupira acolhe é a do paradigma ecossistêmico. Para Morin (1990:20), “complexo significa aquilo que é tecido em conjunto”, os acontecimentos, as ações e as interações que tecem a trama da vida. Portanto, a complexidade compreendida desta maneira, significaria aquilo que está por trás ou no fundo dos acontecimentos, dos eventos e fenômenos, não sendo apenas um conceito, mas um fator constitutivo da vida que responde pelo entrelaçamento existente entre fenômenos e processos, constituindo, assim, a dinâmica natural da vida. A complexidade, portanto, constitui-se como um princípio articulador do novo pensamento e de novas práticas pedagógicas e vivências educativas, sendo por isso mesmo adotada por nossa perspectiva.

No entendimento da Curupira, pensar e vivenciar educação ambiental pressupõe perspectiva e ações dialógicas que entende a co-criação de significados entre diferentes interlocutores que participam de um mesmo processo conversacional. Um diálogo entre as diferentes dimensões da vida e as diversas formas de pensamento humano, que leva em conta o papel criativo da diversidade, da heterogeneidade. Portanto, um modo de ver, compreender o mundo a partir do diálogo entre o ser humano, o mundo, a natureza e promove o intercâmbio entre todos.

A Curupira, desse modo, através das dimensões construtivistas, interacionistas, sociocultural, afetiva e transcendente, reconhece o aprendiz/aprendente como um sistema vivo, autopoiético, autocriador, integrado a um contexto histórico e social com o qual está em constante interação, mediante diálogos e reflexões incessantes a partir de experiências vividas e através das quais ele constrói conhecimento e faz emergir o seu mundo. Esta linha de pensamento traduz nossa visão de que o conhecimento é construído a partir de intercâmbios nutridores entre sujeito e objeto, mediante diálogos, interações, transformações e enriquecimentos mútuos, onde nada é linear ou predeterminado, mas, sim, relacional, indeterminado, espontâneo, novo e criativo.
CAMINHO PEDAGÓGICO

As implicações pedagógicas e epistemológicas estabelecidas em nosso trabalho sugerem o reconhecimento da emergência de novos comportamentos em relação ao meio em que vivemos, visto que compreendemos que tanto a aprendizagem quanto o comportamento pertencem ao domínio das relações do sujeito. Assim dizendo, interpretamos a realidade, mas como sujeitos que somos, determinados por nossas estruturas e a reconstruímos a partir de nossas observações. Então, vamos ficar esperando até quando para fazer alguma coisa? Junte-se a nós!

CURUPIRA

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Visita da Diretoria da Curupira ao Centro de Estudos e Educação Ambiental